Semelhantes?
Há alguns anos me perguntaram se eu me considerava uma boa pessoa. Percebendo que tinha algo por traz desta pergunta respondi: ”mais ou menos...”. Mas lá no fundo a verdadeira resposta era que sim, eu me considerava uma boa pessoa.
As próximas perguntas feitas foram: “Comparado a quem”? A um assassino? Um ladrão? Uma prostituta? Ou a Jesus? Essa simples conversa ecoa em minha mente por anos. Ela me fez perceber o significado de Mateus 5.3 : “Bem aventurados os pobres em espirito, pois deles é o Reino dos Céus.”
Em algum momento eu parei de olhar para Jesus e comecei a me comparar com as pessoas que estavam ao meu redor. A todo tempo buscamos a aceitação dos outros, mostramos que não precisamos de ajuda, que somos fortes, que conseguimos fazer as coisas e que somos bons no que fazemos.
E assim criamos uma mascara de perfeição, quase que de super- heróis espirituais!
Colocamos tantas falsas verdades como nossa identidade e construímos muros de religiosidade em nossos olhos. Muros que fazem com que não enxerguemos nossos pecados e o quão longe estamos de ser semelhantes com Jesus.
Precisamos arrancar essas mentiras do nosso coração e reconhecer nossas fraquezas pois é através delas que Ele se faz forte:
“Mas ele me disse: “Minha graça é suficiente para você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”. Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fraquezas, para que o poder de Cristo repouse em mim. “- 2 Coríntios 12:9
Só quem reconhece suas fraquezas conhece profundamente a graça, o perdão e a misericórdia de Deus!
Devemos estar vulneráveis ao tratar de Deus, expor a ele nossas feridas, nossas dores e sujeiras mais profundas, chegar a Ele como realmente somos. Pecadores!
“Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus.” - Salmos 51:17 O Senhor não despreza quem se achega a Ele reconhecendo quem de fato é, e que por ser quem é, precisa de ajuda!
A religiosidade faz com que nos esqueçamos de que a busca pela santificação é continua, e que como Paulo não devemos nos conformar e nos acomodar nessa caminhada!
“Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o
alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus
em Cristo Jesus.” - Filipenses 3. 13-14
Comentarios