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Há vida após o parto?


Um escritor húngaro explicou a existência do Deus invisível com uma ótima analogia:

No ventre de uma mãe havia dois bebês. Um perguntou ao outro: “Você acredita em vida após o parto?”

O outro respondeu: “É claro. Tem que haver algo após o parto. Talvez nós estamos aqui para nos preparar para o que virá mais tarde.”

“Bobagem”, disse o primeiro.

“Não há vida após o parto. Que tipo de vida seria essa?”

O segundo disse, “Eu não sei, mas haverá mais luz do que aqui. Talvez vamos poder andar com as nossas pernas e comer com nossas bocas. Talvez teremos outros sentidos que não podemos entender agora.”

O primeiro respondeu: “Isso é um absurdo. Andar é impossível. E comer com a boca? Ridículo! O cordão umbilical nos fornece nutrição e tudo o que precisamos. Mas o cordão umbilical é muito curto. A vida após o parto logicamente está fora de questão.”

O segundo insistiu, “Bem, eu acho que há alguma coisa, e talvez seja diferente do que é aqui. Talvez a gente não vai precisar mais deste tubo físico.”

O primeiro respondeu: “Bobagem. E além disso, se há mesmo vida após o parto, então por que ninguém jamais voltou de lá? O parto é o fim da vida, e no pós-parto não há nada além de escuridão e silêncio e esquecimento. Ele não nos leva a lugar nenhum.”

“Bem, eu não sei”, disse o segundo, “mas certamente vamos encontrar a Mãe e ela vai cuidar de nós.”

O primeiro respondeu: “Mãe? Você realmente acredita em Mãe? Isso é ridículo. Se a Mãe existe, então onde ela está agora?”

O segundo disse: “Ela está ao nosso redor. Estamos cercados por ela. Nós somos dela. É nela que vivemos. Sem ela este mundo não seria e não poderia existir.”

Disse o primeiro: “Bem, eu não posso vê-la, então é lógico que ela não existe.”

Ao que o segundo respondeu: “Às vezes, quando você está em silêncio, se você se concentrar e realmente ouvir, você pode perceber a presença dela, e pode ouvir sua voz amorosa, lá de cima.”

* * *

Na era dos avanços tecnológicos é difícil nos imaginarmos vivendo em uma época do passado, em que as pessoas não tinham meios tão eficazes, como os nossos, para se comunicar. Como viver sem rádio, TV, telefone, Internet, celular? Hoje, já nos habituamos com a praticidade desses meios de comunicação, e não nos vemos sem eles!

Fazemos muitos cursos para aprender a nos comunicar melhor, e isso é muito bom. Também temos experimentado a importância do dialogar. Como é de suma importância vivermos a partilha em nossos relacionamentos, com os nossos amigos e com aqueles com os quais convivemos.

Mas, quero falar de uma virtude rara em nosso mundo atual: o silêncio. Todos somos chamados a uma mudança de vida, a uma conversão, para que Jesus renasça em um novo coração. É tempo de nos encontrarmos com Deus, para identificarmos o que vivemos até agora, e colhermos as direções que Ele nos dá daqui para frente. E para estarmos a sós com o Senhor, necessitamos de silêncio.

Madre Teresa de Calcutá nos ensina: “Precisamos encontrar Deus, e não podemos fazê-lo com barulho e desassossego. Deus é amigo do silêncio. Veja como a natureza – árvores, flores, grama – crescem no silêncio; veja as estrelas, a lua e o sol, como se movem em silêncio… Precisamos de silêncio para sermos capazes de tocar almas.”

Tenho percebido que silenciar é uma arte, especialmente, para aqueles que têm temperamento sangüíneo, que gostam de falar e de fazer amizades, assim como para os que têm temperamento colérico, e que são explosivos e extrovertidos.

Que o Espírito Santo, o Transformador, nos dê a graça da conversão, da mudança de vida e, acima de tudo, a de aprender a silenciar.

» Adaptação do artigo de Marina Adamo | Missionária e escritora

#santidade #pecado #parto #vida

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